Novembro AZUL

Novembro é o mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença que é o alvo de mobilização global é a segunda maior causa de morte no País por câncer entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Em âmbito mundial, também é o segundo câncer em incidência e o quinto em mortalidade nos homens.


No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.


Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

O segredo está no diagnóstico.

Em meio a este cenário, há uma boa notícia. Diagnosticar a doença em fase inicial possibilita que o tratamento tenha êxito em 9 entre 10 casos. Isso aliado a uma terapia individualizada com ênfase em redução de sequelas e complicações com o máximo de resultados.


Como e quando pensar em prevenção?

A idade mínima preconizada para a realização dos exames PSA e toque retal é 50 anos, antecipando para 45 anos em caso de pacientes de pele negra, obesos, com histórico familiar ou ainda em caso de mutação nos genes BRCA 1 ou 2, os os mesmos que estão ligados a síndrome de câncer de mama e ovário. A avaliação, caso a caso, é feita pelo especialista levando em conta a junção do exame físico (toque retal) à análise de dosagem do nível de PSA. Outros exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico, porém a indicação da biópsia, para aqueles pacientes de maior risco, diminui a possibilidade de falsos-positivos e complicações decorrentes do procedimento. Somente a biópsia pode confirmar ou não a presença de um câncer.


Fique atento. Mesmo sem sintomas é possível fazer prevenção.

Dentre os objetivos do Novembro Azul está transmitir aos homens que não é necessário esperar o aparecimento de um sintoma para procurar um especialista. Muito pelo contrário. Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Portanto, o fato de não sentir qualquer desconforto não deve ser visto como fator limitador para a realização de exames nas idades preconizadas. Por sua vez, alguns sintomas que podem parecer um indicativo de câncer são relacionados com outras doenças. E, mais uma vez, consultar um médico especialista é fundamental.


O homem deve consultar um urologista se apresentar sintomas como urinar pouco de cada vez; urinar com frequência, especialmente durante a noite, obrigando-o a se levantar várias vezes para ir ao banheiro; dificuldade para urinar; dor ou sensação de ardor ao urinar; presença de sangue na urina ou sêmen ou ejaculação dolorosa.


Além da prevenção o que mais posso fazer?

Sem dúvida cuidar da saúde, ficar atento aos sintomas, são as melhores soluções para prevenir o câncer de próstata e qualquer outra doença grave. A outra forma de cuidado importante é fazer um seguro de vida. Você sabia que os seguros de vida indenizam o segurado também no caso de doenças graves?

A maioria das pessoas acha que o seguro de vida apenas indeniza os beneficiários do segurado em caso de morte, o que não é verdade. As apólices atuais dão cobertura também para Doenças Graves como:

  • Câncer;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Acidente vascular cerebral;
  • Insuficiência renal terminal;
  • Transplante de órgãos.

  • Quais são as regras para fazer um seguro de vida e como utilizar em caso de doença grave?

    O limite de idade dos segurados, para esta cobertura, é de 65 anos. A franquia é de 30 dias.

    No caso de surgimento de uma doença grave, os procedimentos para obter a indenização é obter laudo médico específico emitido por médico especialista para cada doença segurada pela cobertura:

  • Câncer: diagnóstico de tumor maligno com expressa prescrição médica formal sobre a necessidade da realização de cirurgia e/ou quimioterapia e/ou radioterapia comprovada por meio de exames citológicos e histológicos apropriados.
  • Infarto Agudo no Miocárdio: a ocorrência, concomitante, de história de dores torácicas típicas; alterações recentes e características de Infarto no eletrocardiograma; elevação das enzimas cardíacas, troponinas ou outros marcadores bioquímicos de necrose miocárdica.
  • Acidente Vascular Cerebral: diagnósticos de acidente vascular cerebral, isquêmico ou hemorrágico, com destruição do tecido cerebral, causada por trombose, hemorragia ou embolia de origem extracraniana, bem como indicando a sequela dele decorrente, acompanhado de exame de imagem apropriado (tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética).
  • Insuficiência Renal Terminal: diagnóstico da falência da função renal de caráter permanente e irreversível.
  • Transplante de Órgãos: diagnóstico e recomendação feitos por, pelo menos, dois médicos habilitados na especialidade da patologia em questão.
  • Havendo o diagnóstico conforme especificação acima, o segurado recebe, em vida, o valor contratado para doença grave visando o custeio do seu tratamento, bem como a manutenção da vida!
    Alguns seguros pagam este valor, em caso de doença terminal, como um adiantamento do seguro, para que o segurado a use em vida!

    Mitos e verdades sobre o câncer de próstata:

    Parcialmente verdade. O exame que provoca pânico nos homens não é o único, mas precisa ser realizado em conjunto com outro exame, o de sangue, para identificar a a taxa de PSA (antígeno prostático específico). O PSA é uma substância produzida pelas células da glândula prostática. Os dois exames são complementares e um não exclui o outro.

    Fontes:
    INCA: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
    UOL Notícias - Ciência e Saúde
    Instituto Oncoguia